sexta-feira, novembro 10, 2006

Resposta de Marcelo Tas à Veja

Depois que Veja atacou infantilmente- desculpem novamente essa, crianças- esse blog com mentirinhas maldosas na semana passada, alguns colegas jornalistas me procuraram em solidariedade mas avisaram: se quiser mande a carta com o desmentido, mas saiba desde já que eles não vão publicar.

Como sou um otimista, quando criança acreditava em coelhinho da Páscoa e até na própria Veja, escrevi e enviei a carta, segurando minha indignação para não perder a elegância e a possibilidade de diálogo diante do agressor.

Mas, como previsto pelos colegas, Veja me ignorou. Não publicou a carta na edição desta semana que está nas bancas.

Para quem chegou agora, vai aqui novamente a nota de Veja caluniando esse humilde blog (confesso que muito me emocionou constatar que os ilustríssimos jornalistas de Veja lêem o meu blog) publicada na coluna "Veja essa", assinada por um tal Julio Cesar de Barros, na página 61, da edição da semana passada.

É triste constatar que uma revista que se diz defensora da liberdade de expressão e dos valores democráticos mostre na prática que sua real vocação é exatamente o contrário. Na verdade, Veja só publica o que favorece os seus próprios interesses. E dá as costas para a realidade dos fatos e para os seus leitores.

Depois de tanto lutar por democracia no Brasil, não podemos ficar reféns deste tipo de mídia que busca o monopólio da verdade através da ocultação de suas mentiras.

Eu não tenho o poder da tiragem de Veja para reparar a mentira espalhada por eles para milhares, senão milhões, de leitores por esse mundo. Mas a companhi tantos de vocês, alguns há mais de três anos. Quem puder, peço que me ajude a divulgar essa carta pela internet. Garanto que somos mais do que os alegados um milhão de leitores de Veja, que aliás, precisam ser respeitados e bem informados.

Eu não tenho o que esconder e posso dormir com a consciência tranquila, ao contrário deles.

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Prezado Sr. Eurípedes Alcântara, Diretor de Redação da Revista Veja,

Na edição do dia 1º de Novembro (página 61, sessão "Veja essa", assinada por Julio Cesar de Barros), a Revista Veja publica uma nota intitulada "Blogueiro Chapa Branca" onde me acusa de ser “defensor do lobby que Fábio Luis Lula da Silva, filho do presidente da República faz no governo” do pai dele. Tal "defesa" ocorreria, de acordo com a revista, em troca de remuneração financeira.

Tais afirmações são falsas. Sua publicação em revista de alcance nacional constitui crime de injúria e difamação, ao conectar minha imagem, figura pública e reconhecida nacionalmente há muitos anos na TV e no jornalismo brasileiros, a um suposto esquema de favorecimento insinuado pela revista Veja, envolvendo o filho do presidente da República.

Em respeito aos leitores da revista é a presente notificação para solicitar que a revista publique nota, em espaço não inferior àquele ocupado pela nota injuriosa, esclarecendo as seguintes informações:

1. Ao contrário do que afirma a revista "Veja", jamais recebi qualquer dinheiro do filho do presidente da república ou de sua empresa Gamecorp.

2. O meu contrato de trabalho para apresentação do programa semanal “Saca-Rolha” é assinado com o Rede Bandeirantes de Comunicação; e não com a PlayTV como afirma a nota. E está vigor desde 2005; e não 2006, como afirma também equivocadamente a revista.

As afirmações difamatórias da revista Veja demonstram total desconhecimento do conteúdo do meu trabalho publicado no maior portal de internet do Brasil, o UOL- Universo On Line, há mais de três anos (www.blogdotas.com.br). Lá sou criticado e questionado por todas as tendências políticas. Principalmente por petistas que frequentemente utilizam a expressão "Tascano" para referir-se a mim, em clara afirmação (igualmente incorreta, mas nesse caso desacompanhada de qualquer insinuação de conduta indevida) de que eu seria partidário do partido "tucano" PSDB.

Esse fato demonstra que lamentavelmente a revista Veja sequer deu-se ao trabalho de apurar as informações antes de publicá-las.

Fico no aguardo de uma resposta e do cumprimento das solicitações acima, sem prejuízo de outras medidas extrajudiciais e judiciais que visem à reparação do dano causado.

Atenciosamente,

Marcelo Tas, jornalista e apresentador de TV
São Paulo- SP

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