terça-feira, novembro 14, 2006

Lula inaugura obras com Chávez e recebe a crítica da oposição

Por Redação, com ABr e sucursais - de Caracas e Ciudad Guayana

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Hugo Chávez, da Venezuela, encontraram-se nesta segunda-feira para uma série de compromissos políticos e econômicos de interesse dos dois países. O dia começou com um café da manhã de trabalho, em Ciudad Guayana. Em seguida, Lula e Chávez participaram da inauguração da II Ponte do Rio Orinoco. Em seguida, Lula e Chávez inauguraram as reservas da faixa petrolífera de Carobobo I na Faixa do Orinoco, realizadas conjuntamente pelas empresas Petrobras e PDVSA. Logo depois, o chefe do governo brasileiro falou aos jornalistas e embarcou de volta a Brasília.

De acordo com o Itamaraty, a II Ponte do Rio Orinoco foi construída por uma empresa brasileira e será um importante corredor de transportes, que facilitará o acesso às regiões central e oriental da Venezuela. A construção contribuirá para incrementar o comércio bilateral, que ultrapassou US$ 3 bilhões no período de janeiro a setembro de 2006, e para estabelecer rota de exportação ligando Boa Vista e Manaus ao Mar do Caribe.

Disputa eleitoral

A visita de Lula à Venezuela foi criticada pela oposição ao governo de Hugo Chávez. Daqui a três semanas, no dia 3 de dezembro, será realizada a eleição. Hugo Chávez concorre novamente ao cargo. O candidato da oposição, Manuel Rosales, diz que a visita de Lula tem caráter eleitoral. Como no Brasil, o presidente da República venezuelano pode se reeleger apenas uma vez. A diferença é que cada mandato tem duração de seis anos.

O convite de Hugo Chávez ao presidente brasileiro foi feito há dois meses. Mas como a Lei Eleitoral brasileira não permite inauguração de obras, Lula preferiu adiar o encontro, que acabou recaindo sobre o período eleitoral venezuelano. Os 23 Estados, o Distrito Capital (que comprende a capital Caracas) e as 72 ilhas venezuelanas são divididos em nove regiões. O principal produto de exportação é o petróleo.

A cidade de Guayana, onde o presidente brasileiro chegou, na noite deste domingo, é considerada uma das mais modernas do país já que abriga as maiores empresas de exploração de ferro e alumínio, os dois principias produtos de exportação depois do petróleo. É sede também da Central Hidroelétrica de Hurí, a segunda maior represa do mundo.

Fonte: Correio do Brasil

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