O deputado Dionilso Marcon (PT) lamenta que a agricultura familiar, cooperativismo e a reforma agrária não serão prioridades no governo do Estado. Segundo Marcon, um dos primeiros atos da governadora do Estado do Rio Grande do Sul foi a tentativa de aumentar impostos, porém derrotada na Assembléia Legislativa e o segundo foi extinguir, por decreto (44.862 de 05 de janeiro de 2007) os instrumentos governamentais de apoio à agricultura familiar, da reforma agrária e do cooperativismo agrícola gaúcho.
A extinção do Gabinete de Reforma Agrária e Cooperativismo representa, na prática, a falta de compromisso da governadora com os pequenos agricultores assentados, com os atingidos por barragens e daquelas famílias desalojadas de áreas indígenas. Segundo o petista, a governadora deixou claro que estará, nos próximos quatro anos, priorizando atender às políticas do grande latifúndio e do agronegócio gaúcho.
Marcon alerta que para o orçamento de 2007 o Gabinete da Reforma Agrária dispunha de R$ 20,7 milhões para operar convênios, processos e indenizações. Ele detalha, informando que para indenizações de agricultores desalojados das áreas indígenas e atingidos por barragens estavam previstos R$ 5,2 milhões; para a aquisição de imóveis (compra de terra) eram R$ 8,5 milhões; para o crédito fundiário (compra de terra pelos filhos de agricultores) estavam previstos R$ 2,2 milhões; para o custeio R$ 3,6 milhões; para a viabilização de assentamentos R$ 800 mil e para o Fundo de desenvolvimento e apoio ao cooperativismo (Fundecoop) são mais de R$ 1 milhão de reais.
Para o deputado Marcon, fica evidente que a governadora Yeda não aplicará os recursos no seu público alvo e só agravará a situação das famílias de agricultores desalojadas pelas barragens ou de terras indígenas. Segundo o petista, o governo Olívio, mesmo com a grave crise financeira, criou o gabinete de reforma agrária, aplicou os recursos e assentou 5.300 famílias em apenas quatro anos.
Editor: Jornalista Kiko Machado
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