sexta-feira, janeiro 26, 2007

Empresas do Consórcio Via Amarela financiaram campanhas eleitorais

O desabamento de parte das obras do metrô em São Paulo está sob responsabilidade de empresas que doaram um milhão setecentos mil reais para o comitê de campanha do candidato ao governo, hoje governador, José Serra. São elas: A OAS, de um ex-genro de ACM,que repassou 1 milhão de reais. A Norberto Odebretcht, 300 mil reais. A Camargo Corrêa repassou 400 mil para campanha de José Serra. Fazem parte ainda do consórcio de empresas que participam da obra a Queiroz Galvão e a Andrade Gutierrez.

O Consórcio Via Amarela é liderada pela Odebrecht, a maior construtora do país, e integrado por OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Um grupo poderoso, que financiou as principais campanhas eleitorais [ Folha on line ]do Estado de São Paulo.

Nas eleições do ano passado, as construtoras do consórcio buscaram agradar os dois lados da disputa com doações milionárias. A campanha do governador José Serra (PSDB) recebeu $ 1,7 milhão das empresas OAS, Camargo Corrêa e Odebrecht. O principal adversário de Serra nas eleições, Aloizio Mercadante (PT), não foi esquecido: ganhou R$ 500 mil de Camargo Corrêa e Odebrecht.
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O poder político das empreiteiras

As cinco empreiteiras que compõem o Consórcio Via Amarela - OAS, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão - fizeram uma parceria inédita para vencer a licitação que lhes autorizou a construir a linha 4 do Metrô paulista. Essas empreiteiras, além de seu vasto poderio econômico, possuem ampla influência política no país, sendo responsáveis pelo financiamento de campanhas políticas, tanto do legislativo quanto do executivo.
A economista Ceci Juruá considerou estranha a composição do consórcio. "Normalmente, no máximo, 2 ou 3 dessas empresas se unem, para concorrer com as demais no processo de licitação. Nunca houve uma união desse porte", afirma a economista.
A próxima legislatura do Congresso Nacional, que tem início em 1º de fevereiro, contará com 269 parlamentares (254 deputados e 15 senadores) que receberam doações de empreiteiras, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. Ao todo as empreiteiras doaram R$ 24,5 milhões para candidaturas legislativas, consolidando-se como a maior "bancada" do Congresso.
A maior parte dessa quantia é oriunda das cinco empresas que compõem o consórcio Via Amarela (cerca de R$ 16 milhões). A Camargo Corrêa e a OAS, participantes do Consórcio Via Amarela, foram as que mais destinaram verbas aos candidatos: R$ 2,2 milhões e R$ 1,9 milhões, respectivamente.
É sabido que as empreiteiras têm poder de influência no rumo das políticas públicas. Como essas empreiteiras são as maiores financiadoras dos cargos executivos, legislativos e até do judiciário, elas ganham imunidade, que depois se transforma em impunidade, na fiscalização das obras das quais ganham licitação.
A impunidade das empreiteiras é fruto de seu poder econômico e é reforçada pela lei eleitoral, que permite o financiamento privado de campanhas políticas. Além de vencer grande parte das licitações de obras públicas, as empresas sócias do Consórcio Via Amarela têm se beneficiado com o processo de privatização das rodovias estaduais e federais, já que ganharam concessões que lhes permitem explorar a cobrança de pedágios.
Camargo Corrêa e OAS são acionistas da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), concessionária responsável pela administração de importantes estradas paulistas, além da Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. A atuação das empreiteiras não se restringe, ainda, ao ramo de construções, obras públicas e concessões de rodovias. A Camargo Corrêa, por exemplo, possui 11% das ações do Itausa, a holding que controla o Banco Itaú. Também têm a participação da empreiteira, a São Paulo Alpargatas (37%), responsável pelas marcas Havaianas, Topper e Rainha, e a empresa do setor têxtil Santista (67%).
De: http://www.amauta.inf.br/
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Empresas deram R$ 1,7 mi para comitê de Serra

Três das cinco construtoras que integram o Consórcio Via Amarela --responsável pelas obras da linha 4-Amarela do metrô de São Paulo-- , doaram, juntas, R$ 1,7 milhão para a campanha de José Serra (PSDB) ao governo do Estado.

O consórcio realiza as obras da linha 4-amarela do metrô. O custo total do projeto é estimado em R$ 3,5 bilhões. Somente a primeira etapa, que contempla seis das 11 estações, está estimada em R$ 1,9 bilhão.

A construtora OAS repassou R$ 1 milhão para a campanha do tucano. A Camargo Corrêa doou R$ 400 mil. A construtora Norberto Odebrecht, R$ 300 mil. O comitê financeiro da campanha de Serra arrecadou, no total, R$ 26,7 milhões.

A Camargo Corrêa gastou pelo menos R$ 7,7 milhões com financiamento de campanhas no ano passado. As despesas da OAS com campanhas foram superiores a R$ 10 milhões. A Odebrecht gastou pelo menos R$ 1,8 milhão na eleição. A Andrade Gutierrez fez doações superiores a R$ 1,5 milhão.

Procurado, o Consórcio Via Amarela não quis se pronunciar sobre o assunto.

De: Folha on line
e: Folha on line

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