quarta-feira, abril 25, 2007

Carne Viva

Conforme se anunciava, não pude mesmo assistir a entrevista do Franklin Martins no Roda Viva, mas segundo os comentários do pessoal da TI, o nome do programa poderia bem ter sido mudado para Carne Viva, tal foi a sessão de esfola ou tentativa disto - o que era mais do que esperado, tendo em vista o time de entrevistadores escalados, bem como os interesses que eles representam.

Para quem também não pôde assistir (ou mesmo quem assistiu), pode encontrar um bom resumo aqui.

Abaixo, nota do último segundo publicada ontem no site do Partido dos Trabalhadores:


Franklin Martins: TV pública brasileira será generalista

A rede de TV pública brasileira “não vai se guiar pela lógica comercial, pois não precisará de altos índices de audiência”, disse o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins no programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira.

Segundo ele, para implantá-la o governo trabalha na definição de três modelos: de gestão, de financiamento e de rede pública. Franklin espera definir esses modelos em 20 dias. As informações são da “Agência Estado”.

No debate entre o ministro e jornalistas convidados, Franklin avisou que a nova rede “será generalista”. “Vai experimentar, vai mostrar os vários Brasis, fará debates, terá jornalismo e estará aberta à produção independente. Hoje temos a Radiobrás, a TV Educativa do Rio e a do Maranhão. A idéia é fundir, uma parceria que vá aos poucos formando essa rede pública”, explicou.

Quanto a possíveis interferências externas, o ministro argumentou: “A TV comercial também tem. Mas a TV pública terá um espectador atento, vigilante, que cobra e pressiona. E dá pra fazer jornalismo baseado em fatos.” Como exemplo, reclamou da fraca cobertura que a imprensa brasileira dá à África. “Que TV brasileira tem programa sobre a África? Alguma tem correspondente na África?” Para o ministro, a televisão comercial “arrisca pouco”.

Numa comparação entre seu cargo hoje e seu trabalho na TV privada, o ministro admitiu que desfrutava de mais liberdade. “Mas na rede pública eu teria mais de um minuto pra dizer o que queria”, ressalvou. Franklin observou que “não tem essa satisfação toda” com o que faz a mídia privada.

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